A Vila Da Ericeira
Orago:
S.Pedro
População:
40.552 habitantes
Actividades
económicas: Turismo,
pesca hotelaria, comércio e serviços.
Feiras:
Feira dos Alhos (25 Julho)
Festas
e Romarias: Nossa
Senhora da Boa Viagem (15 de Agosto), Nossa Senhora da Conceição (8 de
Dezembro), S.Sebastião e S.Vicente (14-22 de Janeiro ) e Sagrada Família (20
de Agosto)
Património Cultural e edificado :
Igreja
matriz casa da cultura Jaime Lobo e Silva, pelourinho, capelas
de S. Sebastião,
de Santo António e de Santa Marta, Igreja da Misericórdia, Cruzeiro e fontes,
dos Golfinhos, do Cabo, do Norte e do Neptuno.
Outros locais de interesse turísticos :
Praias , zona das furnas, zona portuária, museu da Misericórdia e Parque de
Santa Marta.
Gastronomia:
Peixe e
marisco, caneja de infundice e ouriços.
Artesanato:
Fabrico de
réplicas de barcos em madeira e olaria com barro da zona.
Colectividades:
Filarmónica Cultural da Ericeira, Grupo Desportivo União
Ericeirence, Soc. Colombófila da Ericeira Assoc. de caçadores da Ericeira e
Carvoeira, Clube Naval, Ericeira Surf Clube e Rancho Folclórico "Os
Pescadores da Ericeira".
Com uma área com mais de doze quilómetros
quadrados, a freguesia de S.Pedro da Ericeira é a mais importante deste
concelho, juntamente com a freguesia de Santo André de Mafra.
O nome da freguesia tem como significado
"Terra de Ouriços". Este facto deve-se à grande abundância de ouriços
do mar da Ericeira. Aliás, o próprio brasão da vila tem essa referência na
sua constituição heráldica.
Teve foral, dado por D. Frei Fernão Rodrigues
Monteiro em 1229.
A Ericeira era um importante centro comercial e
piscatório, daí a recompensa com a carta de foral, e a elevação da vila, que
vinha a ser confirmado mais tarde por D. Diniz em 1295, tal como D. Afonso IV em
1369.
A 10 de Outubro de 1513 a vila da Ericeira recebe novo foral de D. Manuel I que dá a vila a seu filho o Infante D. Luís. Poucos anos antes da perda da independência D. Luís dá a vila da Ericeira a D. António. O conselho da Ericeira acaba por ser extinto a 24 de Outubro de 1855.
Esta freguesia ficou na história por alguns
tristes factos relacionados com a família real que partiu da Ericeira a caminho
de exílio, em 5 de Outubro de 1910.
Mateus Álvares teve aqui a sua corte, em 1584.
A igreja matriz é um dos mais importantes
monumentos desta freguesia. Restaurada durante o reinado D. João V, tem em
frente um cruzeiro datado de 1782.
A Ermida de Santo António, sobre a muralha da
arriba do porto, tem azulejos datados de 1789 e duas belas imagens, a de Nossa
Senhora da Boa Viagem e a de Santo António. Foi construída em 1675.
A Ermida de S. Sebastião, acima da praia do
mesmo nome, tem o interior totalmente azulejado. De estilo original, muito perto
do mar, foi restaurada em 1678.
Quanto ao pelourinho, de estilo manuelino, foi
restabelecer em Outubro de 1924 depois de, em meados do Séc. XIX, ter sido
enterrado para não ser roubado. Em 1670, foi construído um forte junto à
praia do pescado.
A Ericeira de hoje não tem nada a ver, definitivamente, com a Ericeira da primeira metade do século. Nessa altura, dizia Raul Brandão: "A Ericeira é uma linda praia de mar muito azul, onda alterosa, larga orla de arribas e o ar mais salino porventura de todas as praias portuguesas. Quando o vento sopra de Oeste, entra-nos pela boca e pelas narinas a forte respiração do mar. Nos dias mais luminosos, a cor das águas chega a atingir o azul-turquesa. A Ericeira é uma terra de pescadores que no Verão alugam as suas casas aos banhistas, e de marítimos reformados que depois de terem percorrido o mar a bordo dos navios de Lisboa, acabam sempre por voltar á sua terra natal".
Actualmente, com mais de quatro mil quinhentos habitantes, a pesca contínua a ser uma actividade fundamental para a população da Ericeira. As principais espécies são o linguado, o pargo e o safio. O turismo tem tido, nos últimos anos, cada vez mais supremacia. O número de turistas fez com que a hotelaria se fosse especializando e oferecendo cada vez melhores condições aos seus visitantes.